quinta-feira, 26 de julho de 2007

Quanto vale uma notícia?

Sem me prolongar muito queria só demonstrar mihas indignação pela imprensa brasileira quato à transmissão e divulgação do acidente aéreo envolvendo o avião da TAM recentemente.
Estava na sala assistindo a alguns dos jogos Pan Americanos, que impressionantemente tomaram toda a prgramação apagando os ainda freqüentes problemas sociais brasileiros, quando a Rede TV e a Record documentaram o acidente com o avião.
As legendas diziam "Avião cai em Congonhas", "Tragédia em Congonhas: avião cai com 180 passageiros" e os repósteres enfatizavam "Será provavelmente o maior acidente aéreo brasileiro...esperamos confirmação mas o record poderá ser quebrado", "Os corpos provavelmente estão dilacerados...ouvimos explosões...as paredes parecem estar caindo...a temperatura deve estar altíssima", "Não se sabe de onde vem o combustível das explosões..talvez do avião, talvez do posto de gasolina, talvez de ambos!", "O avião devia estar carregando muitas malas, o que dá ainda mais combustível...provavelmente ningué sairá com vida", "Vimos passar um corpo"...isso entre outras frases tendo como plano de fundo o avião dentro do depósito da TAM onde trabalhavam algumas várias pessoas, incendiando. Todo esse nojento sensacionalismo barato num contexto em que ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido pois as notícias tinham vindo ao ar minutos depois do acidente, familiares não sabiam quem estava no avião, como ele tinha ido parar lá (as legendas noticiavam queda enquanto outros meios relatavam que o avião já tinha pousado).
O debate sobre ética jornalística é longo e não quero incitá-lo, não agora...mas acredito ser desumano incitar o desespero e se aproveitar de uma situação como essa para ter um pouco mais de audiência. Não só desumano, repugnável, nojento.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Sol,sombra e...livros


Sempre soube que o Brasil possui belezas estonteantes e lugares para os quais nós (nativos) não damos muita bola. Mas confesso que percebi mais isso quando estava fora e por isso passei a ter muito mais vontade de viajar por aqui.
Sempre gostei demais de conhecer lugares diferentes,pessoas novas; e como tinha prometido para a Mamy que iríamos viajar
quando eu voltasse propous o roteiro: Paraty e Ilha Grande.
Estranho mas mesmo estando ao lado foi a primeira vez que fui ao Estado do Rio (cariocas não se revoltem, anda contra apenas não tinha tido talvez vontade e com certeza oportunidade).
Começamos por Ilha Grande (que tinha sido aliás uma sugestão de um amigo) e...que lugar!
Na ilha só se chega em barco e qualquer veículo automotor está proibido (fora os do local,governamentais,claro) e tudo está ainda como uma vila de pescadores. Claro, existem sorveterias,restaurantes um pouco "requintados" mas o ar é totalmente "caiçara".Para ter acesso às outras praias ou se vai em trilhas ou por mar;não existe calçamento,bancos e a mata é simplesmente linda,conservada.
Nosso albergue foi escolhido por acaso mas não poderia ter sido melhor:chalezinhos em meio à mata,com um café da manhã bem bom e um pessoal muito gente boa, clima de albergue..brasileiro!
Caminhamos,tomamos sol, nadei (porque está muito frio apra Mamy),fizemos trilha,ouvimos boa música, foi muito bom. Mas confesso, apenas me deixou com gostinho de quero mais.
De lá seguimos para Paraty, outro lugar muito comentado para o qual eu devia uma visita.E novamente muito boa escolha. Fomos para a abertura da FLIP;não que eu estivesse muito interessada nas mesas (1.não vou mentir,não entenderia muita coisa 2. só estaríamos na abertura) mas queria saber como seria o ar da cidade num evento como esse. A cidade tem o ar de pescadores como Cananéia com um certo requinte;acho que o mais gostoso foi andar pelas ruas de ladrilho que me lembraram minha infância em Iguape quando caminhávamos atrás da banda com as luzes baixas dos postes antigos...Estávamos também em um albergue agradabilíssimo à beira do Rio, pena não ter dado apra ocnhecer melhor as pessoas pois tínhamos apenas duas noites lá.
Assistimos de fora a abertura e foi magnífico. Até tentei comprar ingressos mas depois percebi que não seriam tão úteis: o show foi numa tenda semi-aberta e do fundo, após as cadeiras, podia-se ver perfeitamente o palco e acima de tudo escutar bem a música. Foi bonito: a Orquestra Imperial tocou com a presença ilustre de João Donato; aliás um parênteses: ao menos nos dois lugares, só escutei música boa,de muita qualidade e bom gosto...acho que tem algo a ver com o Rio, terra onde nasceu o samba e os meus mais preferidos cantores.
Digo que me encomodou um pouco alguma pessoas ali com o ar "estou na FLIP" e não ficando nem ao menos até a terceira música da orquestra mas...enfim...é o mundo.
Foram bons dias com a minha mais companheira, de sol, calmaria....e que me deixaram com um gostinho de quero mais: volto um dia, não há dúvidas.Companhias canditatem-se ;-)