segunda-feira, 25 de junho de 2007

Bohemia, amigos e pas de deux's

Estou me sentindo mais em casa, voltando aos poucos a fazer as coisas que mais me dão prazer em São Paulo.

Começando com quarta, almoço bem gostoso com os amigos no Rei: Feijoada com cerveja e bate papo. Que delícia!

Sexta marcamos um Happy Hour e o pessoal me levou para conhecer o famigerado “Pastel de Feijuca”. Quando ouvi isso da primeira vez imaignei algo estranho, nojento talvez; qualquer coisa como um pastel com feijão dentro e alguns pedaços de lingüiça. E a surpresa: o pestisco merece mesmo o prêmio de melhor petisco da cidade.Hmmm..que delícia!Difícil explicar mas é bom demais. Foi uma noite gostosa, típica de Happy Hour: cervejinha gelada, petiscos, as ruas cheias, gente indo, gente vindo, muito, muita risada, sexta-feira paulistana.

E sábado relembrei como é bom o mundo da dança. Fomos assistir ao prêmio Bravo’s (que aliás é um dos poucos festivais que ainda dá um bom gosto de assistir;muito bem organisado e [ainda] sem aquele espírito “selvagem” de competição) de dança com a Nádia e a Lídia, ótimas companhias como sempre. Assistimos aos espetáculos, criticamos (porque afinal de contas se não fomos bailarinas ao menos somos críticas afiadas), falamos mal das caras (que menina estranha era aquela?), dos dedos tortos, dos tempos mal marcados, do corpo fora de forma, da magreza exagerada; demos aquela descansadinha nos Grand (Géants) Pas de Deux de 10 minutos, torcemos pela Academia, demos muita risada, e deliramos (gritando, assoviando, aplaudindo!) com os passos, rostos e sorrisos de bailarinos que realmente despertam a emoção. E acho que uma das melhores emoções foi ver Robertinho fazendo seu solo pela primeira vez. Eu lembro de quando ele entrou na Academia e Tio Fábio nos disse “Esse menino vai longe” e poucas vezes vi tio Fábio errar, quanto à tudo. Um sapateado limpo, simples, uma pessoa singela, um grande sapateador! Poucas pessoas fizeram meus olhos brilhar nos palcos esse dia...Roberto foi uma delas.

E foi bom demais fazer parte de tudo isso de novo. Confesso que tive vontade de estar ali atrás de novo, maquiando no espelho apertado, trocando de roupa apressada, passando os últimos 5, 6,7 e 8 e ouvindo tio Fábio desesperado segundos antes de entrarmos no palco “Como era mesmo aquela parte?”. Mas tudo tem seu tempo e talvez o nosso, nessa etapa, tenha passado. Mas não, eu não conseguiria deixar esse mundo do palco, da luz, da dança. Sim, eu ainda amo demais tudo isso e não vou conseguir largar nunca.

É bom estar de volta.

sábado, 16 de junho de 2007

Blogeando

Eu tinha com blog com as amigas, só para manter contato, onde escrevíamos nossas aventuras desde que saímos de "casa" e cada uma foi dar um jeito na vida, cada uma em seu canto (algumas vezes no mesmo canto, é verdade), onde contávamos o dia-a-dia, a rotina, onde desabafávamos, postávamos fotos e até mesmo escrevíamos "coisas sérias". Era uma boa brincadeira, até que o blog deu pau,eu viajei, e nós começamos a mandar e-mails e o blog perdeu sua utilidade.
Quando viajei criei um fotolog, para atualizar a todos do meu paradeiro. Postava mais legendas das fotos apenas para "dar o ar da graça" e saciar a curiosidade dos meus muitos anjos da guarda que me esperavam e se alegravam com as minhas notícias. E algumas vezes escrevia "coisas sérias" também, às vezes por desabafo, às vezes por simples vontade de escrever. Aí eu voltei, e continuo postando fotos das minhas atuais aventuras com os meus anjos da guarda (meus amigos, minha família). Mas ainda sobrava a vontade de saciar a minha curiosidade, a curiosidade de saber se alguém lia o que eu escrevia e a vontade de saciar uma vontade: escrever.
Não sou dessas pessoas que escreve maravilhosamente, mas acredito que tampouco escrevo mal. Apenas, às vezes, gosto de escrever. E uma vez meu professor de francês me disse que gostava de ler meus textos porque eles eram simples e eu não procurava palavras especiais. Isso por que eu acho que quando escrever é uma forma de por os teus pensamentos de uma forma mais organizada, de um jeito que se possa entender, decifrar. E é assim que eu escrevo. Organizo pensamentos, coloco tudo no papel (ou agora no mundo moderno, na tela) e voilà..sacio a Minha vontade de ver meus pensamentos errantes, desordenado, todo bonitinhos palavras mais palavras, todas numa frase, seguindo-se de um parágrafo e eis que tenho virás linhas!
Por isso resolvi "blogear". Não espere ver aqui palavras eloquentes, "difíceis", textos elaboradíssimos, inversões complicadas. Serão apenas pensamentos errantes, divagações organizadas em algumas linhas.