domingo, 30 de setembro de 2007

Minha trilha sonora


Essa semana eu ganhei três CD's: Maria Rita - Samba Meu e Orquestra Imperial - Carnaval Só Ano que Vem da Milka, uma menina gente boníssima que trabalha comigo e Volée de Castors de uma grande amiga que vive distante, minha québecoise preferida, Iza.

Pela Maria Rita eu sempre fui apaixonada e cada espera pelo novo CD é um martírio, uma ansiedade gratificada nos dois álbuns; este está simplesmente fantástico: sambinhas deliciosasos para se escutar a qualquer hora;um jeito suave de cantar na voz parecida com a da mãe. Orquestra Imperial eu tive o prazer de assistir na abertura da Flip em Paraty em Julho viajando com Mamys e gostei demais. E o terceito é de um grupo tradicional quebecois (do Québec,Canadá) e ainda veio especialmente autografado..bem...foi presente de uma grande amiga, fez meu dia mais feliz (e acompanhando havia fotos dos cantores da banda, fotos de aventuras em Grenoble, uma carta e uma camiseta "Achète moi un autre bière parce que t'es encore laite".). AMEI!
........
Elegi por enquanto duas músicas...que refletem um pouco meus últimos dias, momentos.

Orquestra Imperial - Rue de mes Souvenirs

Perfums venus d'afrique me repellent les temps
d'une douce vie passé auprès de toi
Que reste-t-il vie passé auprès mes penseés
tes yeux couler d´èbene m´éclairent de beuté
quel bonheur de sentir que tu es dans mon coeur
à jamais

et le rêve dáune nouvelle nuit d´amour
me hante toute le nuits je ne dors que le jour
aussi loin que tu sois, pré de moi n´est pas?

errant dans las rues de mes souvenirs
boulevard de meilleurs et faubourg des pires
je passe devant l´impasse de mes désirs
et vous l´avenue de mon destin
mais sans toi

errant dans las rues de mes souvenirs
je vais suivant le chemain de l´instint
tout droit vers l´avenue de mon destin
mais sans toi

.....

Maria Rita: Num corpo Só

Eu tentei, mas não deu pra ficar
Sem você, Enjoei de tentar
me cansei de querer encontrar
um amor pra assumir teu lugar

É muito pouco,vem alegrar o meu mundo que anda vazio
me deixa louca
é só beijar tua boca
que eu me arrepio, arrepio, arrepio

E o pior
É que você não sabe que eu sempre te amei
pra falar a verdade eu também nem sei
Quantas vezes sonhei
Juntar teu corpo, meu corpo
num corpo só

Vem!

Se estiver acompanhado, esquece e vem
Se tiver hora marcada,
esquece e vem

Venha ver a madrugada e o sol que vem
que uma noite não é nada

Meu bem, vem!

PS:Iza, la chanson de La volée je n'ai pas encore choisi parque ça me fait penser toujous à toi et nos soirée au Bar en écoutant Les Cowboys..j'ai besoin de l'écouter avec toi. Merci pour me faire sourire encore une fois. Je t'embrasse fort et j'espère que t'aprecie les chansons.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Uma noite de sábado

Passeio na Paulista...
...comidinha gostosa...
.......cineminha à só....Medos Privados em Lugares Públicos...

...pena que não havia estrelas no céu.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Curitiba..uma cidade pra se viver


Eu sempre gostei de Curitiba mas há pouco tempo atrás me dei conta de que, apesar de tê-la visitado algumas várias vezes, não conhecia quase nada dessa cidade. Passei por lá incontáveis vezes para ir para algum outro lugar, ia visitar um ex-namorado mas também não fazíamos muita coisa.

Passei o feriado com umas amigas lá..e foi delicioso.

Os parques são muito agradáveis além de menos lotados que os de São Paulo (como o Ibirapuera). O Parque Barigüi tem um lago onde se pode andar de pedalinho (pena que afila estava muito grande), um gramadão onde passamos a tarde deitadas e ainda um barzinho bem simpático à beira da água. O Tanguá tem paisagens simplesmente lindas, sobretudo considerando que está em uma grande cidade..é bom ver uma cachoeira, árvores, flores!Um refúgio. O Tingüi tem cara de esportes mas é bom também para um desncasozinho no fim da tarde (mas dessa vez sem toalha no chão, má experiência no Barigüi).

Nunca tinha ido ao Jardim Botânico e confesso que achava que era maior (aquela velha impressão de que as coisas são tão enormes quando vemos em fotos, me aconteceu isso com a Esfinge); mas ainda assim gostei, o lugar é bem bonito, mas como tem muito turista não fica muito com cara de parque.

A Ópera de Arame eu já conhecia (fui ver um festival de dança uma vez) à noite; de dia ela é ainda mais imponente. A impressão é de um esconderijo guardado pelas águas e pela linda paisagem florestal ao redor. A homogeneidade da estrutura emana harmonia, simetria...agradável aos olhos. Algo que percebi (e que talvez seja viagem minha) foi que não se pode ir de salto devido aos vãos do chão..gostei..exige simplicidade.

.........

A Avenida Batel é algo como Vila Olímpia com Vila Madalena. Várias opções para a noite de botecos à baladinhas. E o melhor é que é possível percorrê-la toda até escolher..e caso fique em dúvida...faça-o de novo.

Há diversas opções: música ao vivo, baladinha, bar, restaurante temático, bares temáticos (como o Soviets, um bar de vodca ao qual achamos melhor não ir..rs...melhor lembrar da noite toda).

No primeiro dia não queríamos ficar sentadas em barzihno mas não achamos muitas opções, aparentemente a única era o James, um bar GLS freqüentado por todo tipo de público; mas as meninas não quiseram ir então só jantamos num restaurante mexicano bem gostoso e fomos para casa.

No dia seguinte almoçamos em um japonês (delicia!! E barato! Inevitável a comparação com o custo de vida paulistano :^( e jantamos uma boa lasanha que a mãe da Laura tinha nos mandado. À noite fomos pra Batel de novo e entramos em um bar-balada com pop-rock ao vivo. Legal.

........

Ótimos dias passados entre amigas...aquelas de infância..que mesmo longe estão junto.

Já pensei em um dia morar por esses cantos.Tenha a impressão de que as pessoas vivem mais lá (não de longevidade mas talvez intensidade).Adoro São Paulo, amo mesmo de paixão..mas tenho pensado ultimamente que acho que queria um tempo, férias! Quem sabe...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A (O) Vale...

Dia desses fui almoçar na FAU com a Isa e enquanto esperava o buffet abrir passamos por um cartaz “A VALE é do Povo” e me lembrei que já tinha visto isso antes. “Plebiscito nacional popular pela reestatização da Companhia Vale do Rio Doce”.
Bom, não ligamos muito e fomos comer. Apenas fizemos um comentário do tipo “Meu deus..de onde veio essa idéia?!” e fomos sentar. Mas como o almoço demorava e a conversa começou a fluir em torno do assunto resolvemos ir lá manifestar nossa opinião. Votar!Porque afinal plebiscito aceita Sim e Não.

Chegando na mesinha um garoto nos recebia esclarecendo o movimento, que não verdade seria um plebiscito imparcial, era um “vote a favor” (apesar de haver lá um quadradinho para o “não”)!! Escutamos os argumentos debatemos, ouvimos a freqüente pergunta “O que vocês fazem? Ah...FEA”, seguida daquela cara “Capitalistas selvagens, cuzões, destruidores do mundo”. (Um outro dia escrevo apenas sobre isso..vale um post) e foi porque eu resolvi escrever.

A primeira coisa me veio à cabeça e que perguntei para o sujeito foi: “E como isso vai ser feito? Vamos comprar a Vale de volta ou só tomar de volta?! (vide Evo na Bolívia)”; pergunta para a qual a resposta foi “Ah..isso eu não sei mas é que....” e veio o bombardeio de argumentos “A privatização foi fraudulenta (CONCORDO,ao que indica foi)”, “A Vale foi comprada por US$3,2 bi e hoje o lucro é de US$15 bi” , “A empresa foi comprada por investidores estrangeiros, então o dinheiro não fica no país”, “A Vale é brasileira”, “Esses US$ 15bi (de lucro) vão ser reincorporados ao patrimônio do governo e ajudar a resolver o problema da renda”, “O lucro aumentou de 3,2bi (na verdade esse era o preço de mercado) para U$15bi, é impossível para uma empresa extratora!!!”, “Os empregos destruídos vão ser restituídos”, “A empresa, depois que passou para o domínio privado, está com uma política mais acirrada quanto à responsabilidade social”(na verdade não foram essas as palavras, foram “eles estão empregando mais crianças, destruindo mais o que está à volta” – detalhe para nossa questão no momento “Mas eles não se fazia isso?”, “Ah...bem...sim, mas não era tanto”, famoso, estupra mas não mata
“O país mais neoliberal do mundo, com maior índice de privatizações, sem domínio estatal, é a Somália, vejam o estado da Somália”.......dentre outras baboseiras mais.

Eu não costumo desconsiderar as opiniões alheias nem me achar a sabe-tudo em todos os momentos (apenas em alguns) mas dessa vez não deu. Quer discutir, discuta, mas discuta com fundamentações. Se você não entende de economia não discuta de economia; eu não entendo de pilares, não tento diferenciar os românicos dos gregos.

O patrimônio de uma empresa é diferente do seu valor de mercado e basicamente o
lucro não é o caixa da empresa. Sucintamente. Quanto vale algo? Quanto as pessoas querem pagar. O lucro não existe em dinheiro vivo (salvo raras exceções), é apenas um resultado contábil. Não existem US$ 15bi nos cofres da Vale que iriam direto para os cofres do governo. O dinheiro ou já está investido, ou dividido ou na puta que o pariu, mas não é assim que as coisas funcionam. Compra a empresa, compra o lucro, logo, todo o dinheiro vem para o governo.

O lucro da vale aumentou, sim. E que mal há nisso?! Em progressões geométricas (na verdade não tanto quanto dizem, basicamente dobrou (de 7bi para 15bi desde a privatização))?? Pode-se no máximo deduzir que a eficiência da empresa aumentou e que antes ela mal administrada.

Uma empresa extratora pode sim ter lucro. O produto pode ser comodities mas não se ganha apenas no produto, pode-se ganhar me processos otimizados, operações financeiras e tudo o que pode-se usar para ganhar dinheiro.

Hoje em dia a nacionalidade de uma empresa ou dos investidores da mesma não diz muito sobre a destinação de seus lucros: a Unilever é holandesa e alguém acha que o lucro está investido na Holanda??

A Somália é o que é não porque privatizaram tudo...mas esse comentário eu me recuso a desenvolver. Vou fingir que o sujeito falou sem pensar (o que realmente foi).

E bom, qual é a minha opinião sobre isso tudo??
-Se a privatização foi fraudulenta, que se pague a diferença. O que será que aconteceria caso nós simplesmente decidíssimos tomar a Vale de volta? O risco país dispara, o dólar sobe, as relações com os outros Estados se deteriora, os investimentos diminuem, a incerteza aumenta, os juros sobem (e os do carnê da Casas Bahia também!) e basicamente.....ajudamos a f....a economia do país. Sim, simples assim. Macro-economia simplificada.

- Não sou a favor de demissões em massa.Governo não tem que ser cabide de emprego e sim propulsor da economia para que novas oportunidades sejam criadas. E já se vê que nem para regular o estado brasileiro está servindo o que dirá gerir.

-Se você vota por algo, preveja suas conseqüências. Não é só "Vote Sim ou Não" e depois vamos ver como fazer.

-Finalmente, acho que existem problemas maiores com os quais as pessoas deveriam se preocupar em vez de criar casos como esses. Alguém já ouviu falar em Vale do Ribeira?! Sim, é de onde eu venho e pela primeira vez falo disso. Foi considerado em 2005 um dos 13 bolsões de pobreza brasileiro, segundo relatório da ONU, onde se comenta que a região tem um IDH semelhante a países da África como Uganda.
Sim, temos algo parecido com Uganda no Estado de São Paulo, o estado mais rico do país, onde está praticamente 80% do PIB da América Latina girando na Avenida Paulista. Conheço gente lá que não tem porta nos benheiros, não dinheiro para o papel higiênico nem para o absorvente fda filha, que planta banana e fica feliz em ir juntar um dinheirinho para ir no único cinema do Vale (onde passam filmes que mudam a cada semana, um mês de´pois de lançados, quando passam), em Registro (sim, ônibus para ir ao cinema), que sobrevive às custas de boa vontade dos proprietários e que custa....míseros R$3,00 na quarta. Sim, isso está no estado de São Paulo, mais perto do que imaginam.
E as pessoas me vêm se revoltar que “a Vale é nossa”. Pois é mesmo...é uma empresa de capital aberto, vá lá, compre sua ação e receba dividendos. Caso você não saiba é assim mesmo que funciona, ou você acha que coisa pública e estatal é realmente sua? Em dinheiro público brasileiro, ultimamente, só eles põem a mão.