terça-feira, 22 de maio de 2012

Eles são demais

Porque eles são assim, artistas natos, artistas sem serem artistas. Entram no palco, não fazem muita onde com o público, não rola um “Boa noiteeee”, no máximo um “Obrigado” (porque sim são educados) e tocam e cantam como um grupo de amigos que se reúne para fazer o que gosta.O Amarante definiu bem quando disse que era como "a hora do recreio da vida adulta".

Amarante é um autista charmoso. Canta com a alma, como se mais ninguém estivesse ali olhando para ele. Camelo tem aquela voz mansa que enlouquece. Barba não cabia em si na bateria.

Nunca fui muito fã de artista nenhum em especial mas deles eu conheço quase todas as músicas, canto com paixão e me descabelo quando vejo-os entrar no palco. Danço, fecho os olhos, me deixo levar, é simplesmente delicioso. O arranjo musical é fenomenal, a melodia original e as letras sempre me lembram algo ou alguém.Parecem músicas feitas assim, para a vida.

Das 25 músicas acho que não cantei 3 das quais uma era nova mesmo. Relembraram todos os discos, incluindo a alegria do “Bloco” ao intimismo de “4”; tocaram Ana Julia no bis sem tanta empolgação mas não com menor destreza. Acho que era uma maneira de mostrar que não esqueceram aquela ex-namorada que os fez viver bons momentos mas que deixou de ter muito a ver com eles.Queria ter ouvido o Camelo cantar "Santa Chuva".

Senti saudades, esperam que dessa vez tenham voltado para ficar.