sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Aos nossos amigos formandos

Existem amigos de todos os tipos: os de infância, os “criança da tua idade”, os amigos do colégio, os da balada, os dos cursos de inglês, de música, os do trabalho...enfim, pessoas que fazem parte de esferas da tua vida que se entrelaçam e caminham junto com você.

Os amigos da faculdade você conhece porque gostam da mesma coisa que você e escolheram tomar o mesmo destino...assim, em pouco tempo eles viram tua rotina. Menos numerosos que os de infância porém com mais chances de seguir com você..vocês escolheram o mesmo caminho. No nosso caso, eles têm um estranho ponto em comum: nossos pais escolheram nossos nomes começando pelas letras de A a J! Estranho por ter sido um detalhe como esse que nos colocou nos mesmos horários, salas de aula, que nos criou uma rotina juntos.

Aulas, dias de bar, festas, Happy Hours, festas, sonecas, festas, jogos, bandejão, solzinho, Sweden, UPD, Vet, viagens, churrascos, almoços, carnavais. Foram quatro anos em que essas pessoas se tornaram tão especiais umas às outras; quatro anos em que nós aprendemos, choramos, gritamos, brigamos, caímos, fizemos montinho, levantamos (às vezes com o copo já na mão) e crescemos (uns mais outros menos) sabendo que sempre haveria alguém que estaria ali com você.

Foram anos que trouxeram sorrisos, amigos, amores, cerveja, Toddynho, sono, desamores, encontros.....e despedidas.

Mas a nossa rotina juntos não acabou, talvez ela apenas mude de cara. Agora faremos mais Happy Hours, afinal trabalhar cansa, viajaremos mais (afinal, teremos mais tempo), não mataremos mais aulas, teremos “day off”, ainda estaremos na FEA, no solzinho, nas festas universitárias, enfim, seremos ainda a Turma 1, apenas em lugares diferentes.

E hoje a gente não veio pra se despedir nem para dizer até mais, até breve, adeus. A gente veio pra dizer “Parabéns”.

Parabéns por ter feito tudo isso valer a pena, Parabéns por agora serem colegas de profissão dos nossos mestres, Parabéns por terem feitos teus pais sorrirem, Parabéns por serem.......as pessoas maravilhosas que fizeram nossos dias FEAnos muito melhores.

E obrigado, por fazerem parte de nossas vidas.

FEAnos, não necessariamente na presença mas na memória dos melhores anos da vida.

Adm - Turma 1- 2004

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Carnaval de Gigantes


Ah, sobre o Carnaval eu poderia até contar todas as peripécias que aprontamos nesses cinco dias de festa mas quem me conhece já conhece todo o festerê então, achei melhor escrever outras coisas.

A nossa famigerada festa é conhecida no mundo inteiro: gringo adora Carnaval, se imagina sambando entre plumas e mulheres, festejando o ano inteiro. Mas convenhamos, a festa é realmente insanamente boa mas vejo mais do que isso. Depois de um ano fora (e vejam bem, isso significa um ano sem Carnaval :-o ) percebi que a festa, não sei bem o que é causa ou conseqüência, é um dos únicos momentos em que todo o povo brasileiro comemora algo junto: não se distingue rico de pobre, preto de branco, as pessoas vão às ruas juntas. Claro sim, que se pode ver diferenças mas algo que me impressiona bastante são os carnavais de rua.

Estive em São Luis do Paraitinga, que teve o oba oba divulgado até no New York Times ao lado de Ouro Preto e Diamantina. É uma cidadezinha pequena perto de Ubatuba, litoral de São Paulo, com aproximadamente 10 mil habitantes e que reunia em um só bloco 35 mil foliões.

Numa cidade tão pequenina não imaginava que haveria tanta movimentação. Todo o comércio adaptou o que pode e tinha até papelaria vendendo cerveja, chips, amendoins e afins (isso é o que eu chamo de alta capacidade adaptação das operações!). O motivo do carnaval lá é a chita: tudo é de chita desde os enfeitos nos postes, passando pela decoração dos bares, roupas das pessoas (inclusive os fofíssimos bebês) e souvenirs do lugar. A cidade me lembrou bastante Iguape nos tempos em que passávamos o Carnaval em família: criançada na rua, blocos locais com as letras próprias, nada de axé nem funk-black-pop-junk.

À tarde em São Luis o clima era bem familiar e mesmo à noite não se sentia aquele clima destrutivo de Carnaval que se vê nas cidades mais famosas; todo mundo bem civilizado eu diria. As marchinhas entravam na cabeça de certa forma que lá estava eu na quarta-feira de trabalho cantrolando na cabeça “A Maricota com a direitaaaaaa”, “ôô Barboooosa, essa curva é perigosa” e sim, a minha preferida “Ninguém é de ninguém mas tooooodo mundo....” (hehe).

E nisso tudo, não se sabia quem vinha de onde, quanto tinha no bolso, se era filho de Fulano ou do prefeito; e ninguém tinha problemas pra pensar, porque acho que essa é a grande diferença dessa festa pra qualquer outra: é um momento em que um povo que vê desinfelicidades o ano inteiro simplesmente resolve esquecer de tudo e festejar como puder, cantando e dançando, do jeito que for.

.....

E sim, nós cantamos, dançamos, beijamos, bebemos, caimos, dançamos de novo, dormimos mal, demos muitas risadas e juntamos mais vááárias histórias pra contar, por que é...sabe As pessoas?
Então, elas fizeram O carnaval. Nada melhor do que ter amigos!