sábado, 9 de fevereiro de 2008

Carnaval de Gigantes


Ah, sobre o Carnaval eu poderia até contar todas as peripécias que aprontamos nesses cinco dias de festa mas quem me conhece já conhece todo o festerê então, achei melhor escrever outras coisas.

A nossa famigerada festa é conhecida no mundo inteiro: gringo adora Carnaval, se imagina sambando entre plumas e mulheres, festejando o ano inteiro. Mas convenhamos, a festa é realmente insanamente boa mas vejo mais do que isso. Depois de um ano fora (e vejam bem, isso significa um ano sem Carnaval :-o ) percebi que a festa, não sei bem o que é causa ou conseqüência, é um dos únicos momentos em que todo o povo brasileiro comemora algo junto: não se distingue rico de pobre, preto de branco, as pessoas vão às ruas juntas. Claro sim, que se pode ver diferenças mas algo que me impressiona bastante são os carnavais de rua.

Estive em São Luis do Paraitinga, que teve o oba oba divulgado até no New York Times ao lado de Ouro Preto e Diamantina. É uma cidadezinha pequena perto de Ubatuba, litoral de São Paulo, com aproximadamente 10 mil habitantes e que reunia em um só bloco 35 mil foliões.

Numa cidade tão pequenina não imaginava que haveria tanta movimentação. Todo o comércio adaptou o que pode e tinha até papelaria vendendo cerveja, chips, amendoins e afins (isso é o que eu chamo de alta capacidade adaptação das operações!). O motivo do carnaval lá é a chita: tudo é de chita desde os enfeitos nos postes, passando pela decoração dos bares, roupas das pessoas (inclusive os fofíssimos bebês) e souvenirs do lugar. A cidade me lembrou bastante Iguape nos tempos em que passávamos o Carnaval em família: criançada na rua, blocos locais com as letras próprias, nada de axé nem funk-black-pop-junk.

À tarde em São Luis o clima era bem familiar e mesmo à noite não se sentia aquele clima destrutivo de Carnaval que se vê nas cidades mais famosas; todo mundo bem civilizado eu diria. As marchinhas entravam na cabeça de certa forma que lá estava eu na quarta-feira de trabalho cantrolando na cabeça “A Maricota com a direitaaaaaa”, “ôô Barboooosa, essa curva é perigosa” e sim, a minha preferida “Ninguém é de ninguém mas tooooodo mundo....” (hehe).

E nisso tudo, não se sabia quem vinha de onde, quanto tinha no bolso, se era filho de Fulano ou do prefeito; e ninguém tinha problemas pra pensar, porque acho que essa é a grande diferença dessa festa pra qualquer outra: é um momento em que um povo que vê desinfelicidades o ano inteiro simplesmente resolve esquecer de tudo e festejar como puder, cantando e dançando, do jeito que for.

.....

E sim, nós cantamos, dançamos, beijamos, bebemos, caimos, dançamos de novo, dormimos mal, demos muitas risadas e juntamos mais vááárias histórias pra contar, por que é...sabe As pessoas?
Então, elas fizeram O carnaval. Nada melhor do que ter amigos!

Um comentário:

Anônimo disse...

aaaaah o carnaval!

adorei esse post, sabia?