segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gostinho de vermelho

Andei pensando outros tempos que eu queria um namorado. Mas outro dia conversando com a Nádia percebi que na verdade, tenho sentido falta de uma companhia.

Depois de alguns namorados (uns bons outros que não valiam nada) e muito tempo de namoro eu acho que me tornei, digamos, mais exigente. Não que eu saiba muito bem o que esperar de um homem, mas eu tenho certeza o que eu não desejo de um. E dessa forma o escopo e o universo de canditatos fica um tanto quanto restrito.

Não tenho mais paciência pra alguém se certificando de onde estive, quantos copos de cerveja tomei e quem eu conheci...menos ainda pra julgar as amizades que eu tenho. Tão pouco gostaria de ficar com alguém “para não ficar sozinha”. Custei para aprender isso (talvez tendo feito mal a outrém) e é algo que me fez muito bem. Ir ao cinema sozinha, jantar, almoçar, ficar em casa..enfim..viver sem ter a necessidade de ter alguém ao meu lado..apenas por ter.

Mas hoje eu acho que queria alguém..por querer ter. Não é necessidade..é talvez um desejo, uma vontade.

E depois de pensar nisso tudo...acho que eu não queria nem só uma companhia. Faz tempo que os meus olhos não brilham por ninguém, que o meu coração não fica inquieto...que eu não sou...enfim, apaixonada por alguém.

Amor? Acho que não.Ainda tenho muito medo disso. Da dor que eu senti, do rancor que ficou, da mágoa que resta a cada vez. A Carol sempre diz que um dia eu vou encontrar com ela e dizer "esse é o amor da minha vida". Eu ainda discordo.

Mas uma paixão? Talvez....ao menos pra eu ter certeza que ainda posso.

Gostei da sua definição da Ná de “alguém pra apresentar pra minha avó ver antes de morrer”. Eu queria alguém com quem comentar as notícias do jornal de domingo.