segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tic tac tic tac

Estou contando os dias...
para o início das “festas”
para comer coisa boa no Natal
para rever os amigos registrenses
para tomar Chandon, Belvedere e degustar tudo na festa de fim de ano da empresa
para comer peixe em Iguape com a família Mizumoto
para que 2010 chegue logo..e 2009 se vá de uma vez

Inspirada: pelo post “auto-ajuda” da Na e pela ansiedade de que o tempo passe e dia 23 chegue logo;-)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Lembranças do meus 25 anos

-Antes de nascer eu participei das "Diretas Já"
-Aos poucos anos eu tinha medo de bexiga: foi depois de uma festa do Daniel, filho de amigos da minha mãe, em que todos começaram a estourar os balões loucamente. Depois disso, nas minhas festinhas havia bexigas mas de jeito algum elas poderiam sair das paredes.
-Eu e a Julis vendíamos as frutas do quintal de casa e as do quintal dos vizinhos
-A Julis comia papel higiênico (limpo) e eu fiapos do tapete felpudo da sala de casa
-O único Natal que eu me lembro onde meu pai estava foi um em que eu ganhei uma fritadeira que fazia a água borbulhar.
-No dia em que meu pai saiu de casa a Ju chorou; eu acenei. Pareceu-me melhor assim.
-Vi minha mãe chorar poucas vezes; e nessas poucas vezes tive muita raiva de quem fez o que fosse com ela: mães não foram feitas pra chorar.
-A Nádia quando era pequetita chama os pais de Airton e Lídia.
-Quando eu conheci a Gabi ela vestia um macacão jeans estilo o do Zacharias. Quando eu conheci a Laura no ballet eu não gostei dela.
-Eu tinha medo (muito medo) de cachorros por isso só tivemos os pequenos: uma fox paulistinha, um vira lata e dois poodles mini.
-Nós já tivemos peixes, coelhos, tartarugas, porquinhos da índia, cachorros e patos. Todos se foram. Um eu matei.
-Meu desenho preferido era um rio com peixes coloridos descendo uma cachoeira.
-Eu era a melhor aluna da sala até a faculdade. Depois me juntei ao povo do mal e do fundão.
-Nunca fui de amar muito quantitativamente. Mas quando amei...amei demais, até não caber em mim.
-Meu primeiro namorado me dava um cartão por mês e eu o amei por 30 cartões. Meu outro namorado me deu rosas durante três semestres da faculdade. O outro namorado, eu amei por momentos incontáveis, sem que ele me desse nada(mentira,ele me deu um belo par de chifes a desculpa de ser bipolar).
-Sempre amei viajar...para qualquer lugar: Florianópolis, Marília, Angatuba, Paranavaí, Curitiba, Maringá, Joinville, Maceió, Rio de Janeiro, Registro, Pariquera, Cajati, Jacupiranga, Iguape, Cananéia, Paris, Grenoble, Lyon, Praga, Berlin, Barcelona, Valencia, Sete, Montpellier, Strasbourg, Sttutgart, Nancy, Genebra, Roma, Florença, Milão, Atenas, Cairo, Baharia, Torino...São Paulo.
-Meus melhores momentos foram passados no palco, antes de as luzes se acenderem e as cortinas se abrirem.
-Foi através da dança que eu descobri que queria fazer Administração: a coreografia nunca é a mesma.
-Nunca me decepcionei com os verdadeiros amigos. Os falsos eu sempre soube quem eram.
-O Victor foi a pessoa mais intensa que eu já conheci. O Roby o mais engraçado. O Daniel um dos mais lindos. O Gera o mais amigo. A Isabelle a mais companheira.
-Este último aniversário foi o mais comemorado (depois do de 1 ano que a minha mãe exagerou na emoção!) e o mais delicioso com certeza.
-Minha pior lembrança é do dia em que eu não conseguir por os pés no chão.
-A melhor noite foi uma despedida.
- O cara mais gato que eu beijei disse que ninguém podia saber.Eu não resisti, ele era muito gato.rs
-Ver a torre Eiffel piscar me deixou com um sorriso tonto e um olhar de criança.
-Eu e a Aline fazíamos máscara de beleza enquanto o Heiko fumava no balcão. O engraçado era a cara das pessoas quando nos juntávamos a ele.
-O Stefan me deu um jantar de presente, a Mirna, um cartão em português, o Heiko, um chapéu da Oktoberfest e a Aline uma lembrança da terra natal. Tudo, cada qual de um canto, fez-me sentir em casa.
-Não sei se meu pai sabe, mas ele sempre foi um exemplo pra mim.
-Eu adorava entrar no carrinho de sorvete da vovó;e eu amava comer carne seca com o vovô
-Ver meu nome na FUVEST foi um dos melhores momentos da vida.
-As pirâmides são como nos livros; a Acrópolis como eu imaginava.
-Na minha primeira semana em São Paulo eu vi um homem lavando o rosto, pela manhã, numa poça de água.
-Morei numa pensão horrível, cuja proprietária era alcólatra; mas foi onde fiz duas grandes amigas que ajudaram naquele ano tão difícil.

E são muitas outras lembranças que não caberiam num só post. Revê-las no papel me trouxe saudades, angústia, alegria..uma mistura de sentimentos que faz na verdade,a vida.

E que venha mais um quarto de século!
Feliz aiversário...pra mim!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Pro meu peru não existe lei, ele é parente do Sarney"

Eu sempre invejei a ECA por eles terem a Quinta & Breja, uma cervejada permanente todas as quinta-feiras com música boa e gente descontraída. Curto a FAU porque eles têm a festa à fantasia mais criativa que eu conheço, e ainda de graça.
Mas mais do que todas, eu invejo a São Francisco porque eles têm a Peruada!

Já ouvi várias descrições: micareta no Centro de São Paulo, manifestação política estudantil, festa de rua, carnaval fora de época. Para mim: é o dia mais feliz do ano. Não sei dizer, é inexplicavelmente delicioso.
Fantasias de todos os tipos: improvisadas, toscas (tipo eu que sempre vou de bata da FEA e um acessório qualquer) criativas, com apelo político (eu adorei a camiseta da Nádia do “GodPainho”). Um colorido inesperado que alegra o Centro cinza de São Paulo; estudantes eufóricos daçam, pula e canta ao som de ritmos carnavalescos.

É como um respiro de alívio em meio a tanta loucura e correria da cidade que não para.
As pessoas seguem suas vidas enquanto a multidão passa como se aquele não fosse um dia normal.
E não é mesmo. É dia de Peruada. É dia de Carnaval!É um dia feliz!
E as minhas pernas cansadas pulariam ainda um dia inteiro ao som do ritmo carnavalesco e etílico da melhor festa do ano.E enquanto elas aguentare, eu estarei lá.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Coisas que a vida ensina

... depois dos 40 e que eu prefereria que eu não tivesse aprendido antes dos 25

by Artur da Távola, descaradamente inspirado no perfil da Tê

"Amor não se implora, não se pede não se espera, Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
...
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
...
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
...

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações."

Prourei apenas algumdas das frases de toda a citação.Às vezes eu acho que vivi coisas demais pra minha idade.Sinto falta da inocência de ainda acreditar que a vida sempre será bela.

Inspirada:pela vontade de mudança, por pensamentos passados e pela proximidade ainda que distante dos meus 25 anos

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gostinho de vermelho

Andei pensando outros tempos que eu queria um namorado. Mas outro dia conversando com a Nádia percebi que na verdade, tenho sentido falta de uma companhia.

Depois de alguns namorados (uns bons outros que não valiam nada) e muito tempo de namoro eu acho que me tornei, digamos, mais exigente. Não que eu saiba muito bem o que esperar de um homem, mas eu tenho certeza o que eu não desejo de um. E dessa forma o escopo e o universo de canditatos fica um tanto quanto restrito.

Não tenho mais paciência pra alguém se certificando de onde estive, quantos copos de cerveja tomei e quem eu conheci...menos ainda pra julgar as amizades que eu tenho. Tão pouco gostaria de ficar com alguém “para não ficar sozinha”. Custei para aprender isso (talvez tendo feito mal a outrém) e é algo que me fez muito bem. Ir ao cinema sozinha, jantar, almoçar, ficar em casa..enfim..viver sem ter a necessidade de ter alguém ao meu lado..apenas por ter.

Mas hoje eu acho que queria alguém..por querer ter. Não é necessidade..é talvez um desejo, uma vontade.

E depois de pensar nisso tudo...acho que eu não queria nem só uma companhia. Faz tempo que os meus olhos não brilham por ninguém, que o meu coração não fica inquieto...que eu não sou...enfim, apaixonada por alguém.

Amor? Acho que não.Ainda tenho muito medo disso. Da dor que eu senti, do rancor que ficou, da mágoa que resta a cada vez. A Carol sempre diz que um dia eu vou encontrar com ela e dizer "esse é o amor da minha vida". Eu ainda discordo.

Mas uma paixão? Talvez....ao menos pra eu ter certeza que ainda posso.

Gostei da sua definição da Ná de “alguém pra apresentar pra minha avó ver antes de morrer”. Eu queria alguém com quem comentar as notícias do jornal de domingo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um bom filme

Saindo de um dia talvez "D" do trabalho..fui ver Caramelo, no HSBC Belas Artes.
Um cinema, uma noite, eu. Meu programa preferido na cidade. Me aquieta, me faz prestar atenção em mim e, principalmente, me faz desligar do mundo como poucas coisas.
O filme se passa em Beirute, no Líbano e é um pouco do cotidiano de cinco mulheres.
Assistam, vale a pena. Ainda não consegui fazer na cabeça uma boa descrição dele então fica só a recomendação mesmo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu ainda sou apaixonada por você

Eu conheci o amor da minha vida há mais ou menos 10 anos. No início pareciam apenas alguns flertes, tentativas tímidas de conhecê-lo um pouco mais. Era um lazer, um esporte, um passa tempo. Passava algumas horinhas do meu dia com ele e estava satisfeita.
Depois de um tempo o "gostar" foi se tornando paixão e a paixão foi crescendo como se eu me envolvesse a cada passo a mais que eu dava, a cada nota musical ouvida. E assim, aos poucos, foi se tornando grande, foi se tornando imensa.

O amor da minha vida, essa paixão inexplicável, me tira do chão, me faz viajar para lugares que me parecem adimensionais. É um arrepio rápido, um sopro no ouvido, uma batida forte no coração, um sentimento que eu não sei descrever.
Sabem aquela química inexplicável?Aquele prazer inebriante que te faz perder a noção do tempo? Dançar pra mim é assim.

É me perder no tempo, é fazer cada movimento como se fosse o último da minha vida, é um frio na barriga de não saber onde estou, é a certeza de que o solo é o limite e o céu pode ser alcançado ....é....é inexplicável...inexplicavelmente apaixonante.

Inspirada:pela sensação dolorida e angustiante de me ver cada dia mais longe dos palcos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O cafa, o boboca e o tonto

Inspirada por uma “night” (como dizem os cariocas) no Rio com duas das minhas grandes amigas, resolvi divagar sobre três esteriótipos de homens solteiros.

Comecemos em ordem cronológica de acontecimentos: o tonto.
O “tonto” é aquele cara que está na balada, solteiríssimo e à caça. Até aí, muitos se encaixam na característica. Porém o “tonto” é do estilo que atira para todos os lados e certa hora se perde na tática e acaba ficando sem nada. Explico-me. O cara chegou, passou a mão na minha e parou para falar com a minha amiga. Como não era nada interessante fisicamente nem tinha ligado.E ela simpática que é e como adora falar com todo mundo, ficou lá de “bla bla bla”. Um tempo depois ela contou que tinha namorado. Qual não foi a estrategia do tonto? “E a sua amiga aí [eu]. Tá solteira?” e se vira e lança em mim aquele olhar de “hmm..interessante” de cima abaixo. Eu como não gosto de ser antipática respondi de boa às perguntas “ e aí guria”, “que que tu faz”, etc etc até que a conversa começou a tomar rumos para investidas mais agressivas até que ele pegou na minha mão. E nessas horas como eu sou menos simpática que a minha amiga aí de cima não consegui, dei aquela invertida e falei algo do estilo “querido, ou você aposta em uma ou vai embora..não dá pra chegar na minha amiga e depois mudar de idéia” e o palhaço ainda tem a cara de pau de dizer “Tá bom, então você não quer nem tentar começar do zero é isso?”. Faça-me o favor, ainda se fosse um zeuz grego. E saiu com cara de reclamão. Errou.

Já o “boboca” é o amigo do “cafa”. É aquele cara que é mais tímido que o “cafa” e por isso acaba chegando depois na roda, na onda do primeiro. Não fala nada demais nem de menos. É geralmente menos favorecido em termos assunto. Existem mulheres que gostam, afinal ele é boboca e até pode ser engraçadinho (principalmente se for bonitinho) e existem as que são apenas simpáticas, afinal o “cafa” tá ali insitindo nas amigas, as outras acabam interagindo. Esse geralmente pega os comentários do cafa mas como não é cafa eles não têm o mesmo efeito. E dependendo da amiga, às vezes rende um beijinho.

O “cafa”, o ator principal da night. Ele veio com os mesmo interesses que os outros solteiros, a pegação, a diferença é que ele pensa antes. O cara chega elogiando mas ao mesmo tempo dizendo que não quer nada demais, só conhecer as “paulixtax” (novamente no sotaque carioca!) da balada. Já chega elogiando as três para não ter erro. E para não parecer canalha faz aquela cara de quem não vale nada e diz que não tá ali pra pegação. E mulher, vaidosa que é, adora elogio. Mas a graça dos elogios é contar pras amigas, então ele já vai e fala isso na frente de todas mesmo. Uma era pra casar, a outra um “expetáculo” e a terceira era a mulher que mexera com ele e que nem sabia explicar. Quem sorrisse primeiro ganha a investida. No nosso caso, “cafa” que somos demos apenas aquele sorriso simpático de “hmm..conta mais” e como o cara era divertido, ficamos lá de “bla bla bla”. O cara falava de tudo, desde as diferenças bairristas entre Rio e São Paulo até a diversidade das belezas da mulher brasileira!Mais um pouco achei que ele tocaria no assunto da Palestina. Enfim, ganhou a atenção das três. Mais um rolé na balada e encontramos ele de novo e ele resolveu concretizar a estratégia: “Não adianta. Vocês três são demais mas eu não sei o que eu faço”. Acho que se fosse em outras épocas de solteirisse teríamos sido “piriguetes”, como isso passou rebatemos com o “Ah..homem tem que tomar decisões né, arrisca aí”, sabendo principalmente que em termos de solteirisse ele teria 1 chance em 3 de errar, pois uma das amigas tinha namorado, logo, estava mais divertido o jogo. E no final, ele errou! E isso que tinha dito que eu era do tipo de mulher que deixava um cara louco e depois dava um pé na bunda porque diria “eu cansei!”. É, o cafa era bom, mas apostou errado.

De qualquer jeito independente do resultado o cara tinha uma boa estratégia. Claro que existem mulheres e mulheres, e tem muitas que gostam que o cara fique só no pé dela e insita a noite inteira. Mas em geral, os elogios desinteressados, um papo legal e uma decisão bem tomada costumam dar certo. Existe sempre o risco de não dar certo (afinal nem toda decisão é a boa) mas no mundo dos solteiros...se o cara for gente boa e valer um lero-lero, vai saber o que não pode acontecer.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Divagando...

Nos meus passeios pelos blgos (Milena apud Nádia) li umas coisas há um tempo com os quais me identifiquei bastante; coincidentemente recebi também na mesma época, da Carol, uma entrevista com o psiquiatra Roberto Shinyashiki...e só hoje resolvi terminar o texto.

A tao citada “crise” de seja lá o que for.

Em sua entravista o psiquiatra diz basicamente que falta inteligência ao país para reconhecer que as competências de uma pessoa não dependem apenas do “marketing pessoal”, de saber “se vender”, basicamente, de saber convencer os outros de que você é bom. Você tem que realmente o ser, seja no que for: no mundo dos negócios, para limpar o canto do armário, para cuidar de pacientes.
O cara comenta bastante a crise em que vivem os jovens - adultos de hoje que são “treinados” desde pequenos que para “dar certo na vida” é preciso ser diretor, falar três línguas ao menos, ter conhecido a Europa e mais um ou dois continentes, senão...a pessoa não foi um “sucesso”.
E aí, eu liguei os posts, a entrevista e a matéria sobre a “Quarterlife Crisis” que fala sobre a crise em que vivem os 25ários de hoje que chegam a essa idade e comparados à geração anterior, que a essa altura já estava casando, planejando os filhos e juntando dinheiro para comprar a casa própria, se sentem um tanto perdidos, sem muito saber o que fazer para "dar certo”. E então eu fiquei pensando “nossa, sou eu, eu estou em crise...” afinal tenho mil coisas em mente e às vezes vem aquele sentimento de que não dará tempo para tudo; e me vi também na entrevista afinal..sim, eu quero ser diretora, falar quatro línguas, viajar o mundo se possível e quem sabe ainda sair na capa da EXAME (RS).
Mas logo depois eu me perguntei “Mas por que nós temos que dar uma resposta pra tudo?”. E foi aí que eu percebi que eu não acho que a nossa geração seja uma geração em crise, problemática, descontente. Ou melhor, ela é...com os problemas diferentes das gerações passadas e passadas afinal, é natural do ser humano não estar plenamente satisfeito.
Já diziam meus professores de RH que a motivação é um barquinho a vela que se move pelas necessidades em satisfazer um desejo, uma necessidade e que isso muda dependendo do momento em que a pessoa se encontra.
Eu imagino o quanto não era problemático se casar com uma pessoa com quem você não tem se quer afinidade em conversar, quanto não devia ser difícil para os homens ter a responsabilidade de sustentar toda a família e dois cachorros, enfim...o que que quero dizer é que cada geração tem suas crises, seus problemas, suas insatisfações. As nossas são essas....precisamos checar o e-mail todos os dias, queríamos escrever um livro, ver peças de teatro, ser diretores, viajar para Cuba, conhecer a Europa e se possível tudo antes dos 30 para pensarmos depois em como encontrar um marido (ou esposa) e em quantos filhos queremos ter e em que escola bilíngüe irá estudar. E bem..é, vivemos em trade-off como esses quando em tempos atrás as mulheres viviam as crises de como explicar ao marido que elas gostariam de trabalhar fora.
Acho muito interessante todas essas discussões mas confesso que quando vi a resposta do mini-teste “Você está na Quarterlife Crisis?” (sim, eu fiz) que dizia que caso você estivesse próximo à crise, fosse procurar ajuda, eu percebi que nós estamos buscando curas para as nossas crises mas....não vejo tanto problema em termos dúvidas, conflitos internos, necessidades...sempre foi assim...e sempre será, cada geração com a sua.

Já me basta ouvir todos os dias sobre a crise sócio-economico-blablabla-financeira.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Nota...

Ironia do destino, abro o Metro na manhã de segunda-feira, 23 de março, enquanto estav indo para o trabalho e vejo a nota:

“Governo quer importar água”
O governo de SP estuda explorar águas de regiões a quase 300 km da região metropolitana como o Vale do ribeira, Barra Bonita ou Jurumirim. Segundo a Secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, alguns desses mananciais terá de ser explorado.

Imaginei a seguinte reportagem:“Governo dos EUA quer importar água de países com disponibilidade do recurso, como o Brasil” e o Sr. Tio Sam dizendo “alguns desses mananciais terá de ser explorado”.

Sei que existe uma ser incompatibilidade nas minhas palavras afinal, é em São Paulo que eu vivo e onde eu deixo meus impostos. Mas exatamente..os impostos ficam aqui. E para a Sra. Secretária eu responderia “Pagando bem, que mal tem”.

terça-feira, 10 de março de 2009

Home...maybe not so sweet..but home

Eu já escrevi sobre o Vale do Ribeira certa vez e de uns tempos para cá, principalmente depois de toda a publicação da mídia nacional sobre os desastres que abalaram Santa Catarina, resolvi voltar ao tema.

Algumas pessoas, é certo, mal sabem onde se localiza no mapa (FUVESTianos não têm desculpa, caiu em 2004, “chá e banana” era a resposta para a questão de “O que se produz na região destacada no mapa?” onde havia ainda a identificação de Registro – para que não sabe, cidade de onde venho..desde os 15 anos..eu cresci, na verdade, em Pariquera-Açu, cidade petitica com uma praça, uma igreja, um coreto, sem Pernambucanas), outras nunca ouviram falar, algumas já passaram de ônibus. É sabido, então, que as notícias não vão muito além de “praga ataca plantação de banana”, “acidente na BR 116”, por aí vai.

Mas realmente me espantou a atenção dada às enchentes de Santa Catarina (já inicio dizendo que sim, fiquei extremamente comovida, achei extraordinária a disposição das pessoas em enviarem ajuda, caminhões com mantimentos, etc) quando comparada às reportagens da mídia para a região mais pobre do estado de São Paulo, o citado Vale do Ribeira, que sofreu enormemente com as cheias. Uma pequena diferença ( sem, é óbvio, diminuir as necessidades das vítimas de SC): as pessoas lá já não têm muito com o que viver em dias normais, em dias de enchentes, mesmo as mais abastadas vão voltar se desdobrar em quatro para comprar outra geladeira, um fogão novo, geralmente tudo destruído quando as cidades se enchem.

E quem ouviu falar disso? Ninguém.

E quantos caminhões vieram de São Paulo ou Curitiba, cidades a 180 KM?? Desculpem-me se me equivoco..não ouvi falar de nada. Ninguém me pediu ajuda para as pessoas que perderam tudo em Pariquera-Açu porque a cidade inteira inundou, o que afinal, não é muito difícil acontecer, há apenas uma “Avenida Principal”. Não ouvi manifestações para recolher-se mantimentos para os moradores de Eldorado, Jacupiranga, Registro, Cajati...nomes certamente desconhecidos do vocabulário dos moradores do Estado, o que dirá dos moradores do país.

Joguei no Google as seguintes palavras de busca e não é muito difícil se espantar com os resultados:"enchente Santa Catarina" - 264.000 resultados e "enchente Vale do Ribeira" -10.100 resultados.

No Jornal Nacional as chamadas diziam entre outras citações “enchentes no Vale do Ribeira” e esperamos ansiosos pela reportagem que viria. Depois de várias imagens sobre Santa Catarina havia uma frase final “Uma pessoa morreu arrastada pelas águas no Vale do Ribeira” e logo depois vieram os “melhores gols da rodada”.

Este post em si, talvez apareça como mais uma citação. Quem sabe alguém olhe...e quem sabe algum dia alguém se mexa. Confesso, não sou a melhor pessoa para falar; há algum tempo deixei o lugar e não pretendo voltar para deixar minhas raízes..mas ainda me dá certa revolta a indiferença que as pessoas mesmo próximas dão às pessoas daquele lugar. Por enquanto eu consigo escrever...quem sabe um dia consiga fazer mais.

A foto eu achei no Orkut de alguém: é a rua principal de Pariquera-Açu, cidade onde crescemos e onde minha mãe trabalhava há até um mês atrás. O bar da esquina pertence ao pai de uma amiga..imagino que tenha sido forçado a tirar o dia de folga. Ela já terminou a faculdade....as pessoas das casas ao lado, provavelmente nunca conhecerão o famoso e maravilhoso “mundo universitário”..com ou sem enchentes.

São apenas 180 km de São Paulo...mas acho que deve haver uma cortina, afinal, fica no caminho para Santa Catarina e provavelmente os caminhões só pararam para tomar um café.

PS: Supreendentemente....é a única grande reserva de água ainda intocada no Estado de São Paulo.Talvez daqui uns anos receba atenção..ou talvez porque nunca ouviu-se falar. O progresso traz malefícios.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Um poema

Lendo uns e-mails antigos encontrei este poema.
Minha mãe me mandou no primeiro e-mail quando eu viajei em 2006.

Sei que é preciso sonhar.
campo sem orvalho,seca
a fronte de quem não sonha.
Quem não sonha o azul do vôo
perde o seu poder de pássaro.
A realidade da relva
cresce em sonho no sereno
para ser não relva apenas,
mas a relva que se sonha.
Não vinga o sonho da folha
se não crescer incrustrado
no sonho que se fez árvore.

Sonhar, mas não deixar nunca
que o sol do sonho te arraste
pelas campinas do vento.
É sonhar, mas cavalgando
o sonho e inventando o chão
para o sonho florescer.

(Thiago de Mello)

Eu tinha esquecido....que ela me ensinou a sonhar.E mais do que isso...ela me ensinou a realizar sonhos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Une nouvelle année

Pensei em escrever sobre a viagem à Ilha Grande, mas já passou um bocado de tempo desde que coloquei de volta os pés na cidade cinza...e decidi escrever então sobre o ano que mal começou, e a viagem tem muito a ver com ele.

Foram dias de sol, de paz, de paisagens incríveis, de companhias gostosas, risadas inebriantes e amigos novos. Basicamente tudo o que eu quero para o resto do ano.

Fizemos algumas trilhas, passávamos o dia admirando belas paisagens e nas noites desfrutávamos da boa companhia das duas novas amigas: Leandra e Sílvia. Falamos da vida, dos amores, do futuro, das inquietações, jantamos à luz de vela, tomamos champagne, tomamos sorvetes, fizemos amigos. Foi simplesmente delicioso.

E o ano mal começou e já me parece que as coisas serão diferentes..porque eram mesmo para ser.

A formatura passou e com ela o nosso sonho realizado: a alegria e a satisfação de dizer “a NOSSA festa”; e com ela passou também a faculdade que me trouxe tantos amigos, amores e momentos inesquecíveis.

Tenho saído mais com as minhas amigas de Registro e tem sido simplesmente demais, com elas, tudo é sempre muito bom.

E com esse ano novo veio de novo aquela vontade de uma boa companhia. Não sei mais se ainda existe aquela vontade de sentir o famoso frio na barriga, ainda me pergunto se é pra mim. Mas uma boa companhia, por que não?!

Mas be..vai ver ela anda longe, em outros ares.....um dia eu saio pra ver. Por enquanto vou curtir essas minhas amizades gostosas que o ano ainda mal começou e algo me diz que promete!


2009 aí vou eu!

PS: eu não acredito tanto em destino, cosmo, forças regentes...mas um final de viagem com dois arco-íris inteiramente perfeitos? Deve querer dizer alguma coisa!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Voyage....

Vontade de mudar de novo, de não onde eu estou, de não saber pra onde ir, de ver gente....vontade de viajar de novo..pra longe, pra sentir as luzes piscarem de novo, pra sentir o vento soprar mais forte.

J'aime bien ici...mais j'ai envie de voir ailleurs.

PS: E ainda falta o meu post de 2009 e a descrição do meu eterno paraíso, Ilha Grande.