segunda-feira, 8 de junho de 2009

Divagando...

Nos meus passeios pelos blgos (Milena apud Nádia) li umas coisas há um tempo com os quais me identifiquei bastante; coincidentemente recebi também na mesma época, da Carol, uma entrevista com o psiquiatra Roberto Shinyashiki...e só hoje resolvi terminar o texto.

A tao citada “crise” de seja lá o que for.

Em sua entravista o psiquiatra diz basicamente que falta inteligência ao país para reconhecer que as competências de uma pessoa não dependem apenas do “marketing pessoal”, de saber “se vender”, basicamente, de saber convencer os outros de que você é bom. Você tem que realmente o ser, seja no que for: no mundo dos negócios, para limpar o canto do armário, para cuidar de pacientes.
O cara comenta bastante a crise em que vivem os jovens - adultos de hoje que são “treinados” desde pequenos que para “dar certo na vida” é preciso ser diretor, falar três línguas ao menos, ter conhecido a Europa e mais um ou dois continentes, senão...a pessoa não foi um “sucesso”.
E aí, eu liguei os posts, a entrevista e a matéria sobre a “Quarterlife Crisis” que fala sobre a crise em que vivem os 25ários de hoje que chegam a essa idade e comparados à geração anterior, que a essa altura já estava casando, planejando os filhos e juntando dinheiro para comprar a casa própria, se sentem um tanto perdidos, sem muito saber o que fazer para "dar certo”. E então eu fiquei pensando “nossa, sou eu, eu estou em crise...” afinal tenho mil coisas em mente e às vezes vem aquele sentimento de que não dará tempo para tudo; e me vi também na entrevista afinal..sim, eu quero ser diretora, falar quatro línguas, viajar o mundo se possível e quem sabe ainda sair na capa da EXAME (RS).
Mas logo depois eu me perguntei “Mas por que nós temos que dar uma resposta pra tudo?”. E foi aí que eu percebi que eu não acho que a nossa geração seja uma geração em crise, problemática, descontente. Ou melhor, ela é...com os problemas diferentes das gerações passadas e passadas afinal, é natural do ser humano não estar plenamente satisfeito.
Já diziam meus professores de RH que a motivação é um barquinho a vela que se move pelas necessidades em satisfazer um desejo, uma necessidade e que isso muda dependendo do momento em que a pessoa se encontra.
Eu imagino o quanto não era problemático se casar com uma pessoa com quem você não tem se quer afinidade em conversar, quanto não devia ser difícil para os homens ter a responsabilidade de sustentar toda a família e dois cachorros, enfim...o que que quero dizer é que cada geração tem suas crises, seus problemas, suas insatisfações. As nossas são essas....precisamos checar o e-mail todos os dias, queríamos escrever um livro, ver peças de teatro, ser diretores, viajar para Cuba, conhecer a Europa e se possível tudo antes dos 30 para pensarmos depois em como encontrar um marido (ou esposa) e em quantos filhos queremos ter e em que escola bilíngüe irá estudar. E bem..é, vivemos em trade-off como esses quando em tempos atrás as mulheres viviam as crises de como explicar ao marido que elas gostariam de trabalhar fora.
Acho muito interessante todas essas discussões mas confesso que quando vi a resposta do mini-teste “Você está na Quarterlife Crisis?” (sim, eu fiz) que dizia que caso você estivesse próximo à crise, fosse procurar ajuda, eu percebi que nós estamos buscando curas para as nossas crises mas....não vejo tanto problema em termos dúvidas, conflitos internos, necessidades...sempre foi assim...e sempre será, cada geração com a sua.

Já me basta ouvir todos os dias sobre a crise sócio-economico-blablabla-financeira.

2 comentários:

Nádia disse...

acho que eu ainda estou em crise.
Aliás, em várias crises.

Lena Dib disse...

Hey, bota o link para o teste. Nao preciso nem fazer para saber q estou na crise, mas vai q tem níveis.